sábado, 5 de junho de 2021

Few Words

Bastaram três palavras. "Bateu sdds aqui". Nem são as palavras mais perigosas do mundo. Apenas três palavrinhas. Se for contar, são 15 caracteres, incluindo os espaços. Foi o que bastou pra você desregular minha cabeça.

Eu não consigo lembrar as vezes que você puxou assunto comigo (talvez porque nunca tenha acontecido). Era sempre eu quem dava o primeiro passo. Mandava o primeiro oi, o primeiro meme, o primeiro "saudades". Eu imaginei milhões de motivos que podem ter causado esse lapso no teu cérebro, obviamente todos eles devem estar errados. Mas eu nunca saberei.

E, do mesmo jeito súbito que você voltou, você se foi. Novamente. Sem nem dar ao trabalho de ler a mensagem que mandei respondendo. Sinceramente, não sei porque ainda me surpreendo, se você sempre foi assim. Talvez esse tempo todo longe tenha feito eu esquecer de como é tentar conversar contigo.

Meus sentimentos por você são nebulosos até para mim. Até hoje quando eu recebo uma notícia, você é uma das primeiras pessoas que eu quero contar. Demora sempre uns 3 segundos para cair minha ficha que não somos mais o que éramos em 2019. E toda vez essa transição dói.

É como temperar salada quando você não sabe ou esqueceu que cortou o dedo. O sal arde naquela ferida que nem sabia que existia. Essa é minha sensação. Toda vez.

O único ponto positivo é que o sal ajuda na cicatrização. E uma ferida cicatrizada não dói. Talvez fique uma cicatriz, mas com isso eu consigo lidar. E, honestamente, uma cicatriz será o menor dos meus problemas.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

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Sua voz, desde que me lembro, me desmonta toda. Não que haja algo especial nela, ou que seja bonita, marcante ou algo assim. Não. É apenas o fato de ser a SUA voz. O meu nome, na tua boca, tem um som diferente. Ninguém pronuncia ele do jeito que você faz. Cada sílaba parece música aos meus ouvidos. Mas não qualquer música. Se assemelha à música mais bela já ouvida.

O seu toque em meu rosto, seus lábios nos meus, o roçar de suas mãos em minha pele, nossos braços entrelaçados, meus dedos em seus cabelos. Sensações que eu nunca esquecerei, por mais que eu queira ou tente, elas permanecerão aqui, guardadas em minha memória (e em meu coração).

Quanto mais tempo passo longe de ti, mais sinto falta de nossos abraços. Da sensação de segurança e imensidão. De tudo parecer eterno. Você me incentiva a voar e alcançar lugares que jamais imaginava. Mas também me reduz a uma pilha de sentimentos, e isso me assusta muito. Você me tem e sabe disso. 

Mas sentir não foi o suficiente pra te fazer ficar. Amar por dois nunca acaba bem. Nossa eternidade, como era esperado, acabou. Continuo te admirando, de longe. Celebrando suas conquistas, chorando suas dores. Mesmo não te tendo aqui, você tem o lugar reservado no meu coração (e creio que nunca sairá daqui). 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Insatisfação?

Quarentena, dia 185

Eu já passei por todos os estágios dessa quarentena infinita: fiz uma franja, pintei o cabelo, comecei artesanato, pratiquei ioga, iniciei minha vida fitness (tanto na alimentação quanto nos exercícios físicos). Arranjei até um emprego!

Mas nada, repito, NADA, faz essa desgraça acabar mais rápido. E o pior. Me sinto sobrecarregada, desanimada e muitas vezes sem esperanças de melhoras. Pensar no cenário nacional piora mais ainda as coisas.

Como será que sairemos dessa?

sábado, 19 de outubro de 2019

Quando eu te deixar, vou levar papel em branco...

Não sinto tua falta
Não sinto a falta do teu cheiro
De perfume importado
Que exportou de mim

Não sinto falta do teu erre puxado
Nem do teu beijo com gosto de dente
Que morde coração envenenado

Não sinto tua falta
Não sinto, nem lembro de você
Nem da tua respiração ofegante

Não sinto falta, eu sinto ânsia
Distância
Do teu signo-preto
Do teu silêncio, o grito

Sinto ânsia
E a provoco
Enfio os meus dez dedos na garganta
Pra ver se vomito teu ser
Da minha alma

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O que será que eu tô sentindo?

Eu tenho um melhor amigo. Ele é maravilhoso e eu não canso de dizer isso pras pessoas. Acho que pra ele eu não falo muito, embora devesse. Ele me deu o melhor presente de aniversário que eu poderia ter, e nem foi um presente físico. Foi apenas uma coisa bem simples pra ele, que pra mim significou TANTA coisa.

Voltando, esse amigo incrível já foi meu crush. A questão é: eu sei exatamente o porquê ele virou meu crush e também porque ele não deve ser meu crush. Ele virou meu crush porque eu me apaixono muito fácil por homens que 1. me dão atenção e 2. prestam (ou pelo menos dão a entender isso). E ele não deve ser meu crush porque eu sei que eu NUNCA, JAMAIS serei correspondida.

Eu falo pra quem quiser ouvir que eu realmente o amo, demais. Amo mesmo. Mas como amigo. A amizade dele é a coisa que eu mais tenho medo de perder em toda a minha insignificante vida. É por isso que eu não sigo alguns conselhos que falam "Fala pra ele o que você sente". Porque isso iria acabar com nossa amizade. E eu não posso deixar isso acontecer jamais.

Na maioria das vezes, eu lido bem com tudo isso. Na maioria das vezes, ele é só meu amigo. E eu adoro ouvir ele falar das pessoas que ele fica. A vida amorosa dele é bem mais agitada que a minha, então eu me divirto demais com as aventuras dele.

Mas tem umas vezes que parece que eu volto ao primeiro mês que a gente se conheceu e me reduzo a uma pessoa full apaixonada, sonhando com ele todas as noites. Geralmente isso acontece quando ele tem alguma atitude boba, um pequeno detalhe (geralmente quando ele tá bêbado). Tipo o dia que ele deitou no meu colo, pegou minha mão e deu um beijo nela. Ou o dia que ele gritou pra uma pessoa bem x as seguintes palavras "ESSA É A KEREN! ELA É INCRÍVEL. EU AMO ESSA MINA".

É quando tudo desaba. Quando eu não consigo sequer querer achar uma pessoa pra beijar. Tem um trecho de Cidade de Vidro, da saga Instrumentos Mortais, que o Jace fala pra Clary:
Não quero ninguém além de você. Sequer quero querer alguém além de você.
Tem dias que eu me sinto exatamente assim. Aí eu preciso de outro alguém pra tirar ele da cabeça. Mas tem vez que não funciona. Tipo a última vez que transei. Eu transei com um cara aleatório pensando nele. Pior foi quando eu descobri que o menino e ele se conheciam. Eu ri de nervoso. Mas tem vezes que dá certo. A vez que eu beijei o Planeta me fez esquece-lo por cerca de 1 mês. Até ele soltar uma bomba nova, mas fez.

Eu sei que eu não sou realmente apaixonada por ele. Eu sou apaixonada pela sensação de estar apaixonada, mas não por ele.

Mas por que isso não passa? Por que eu continuo olhando as fotos que tiramos juntos e pensando que seríamos um casal incrível? Por que eu ainda suspiro lamentando pelo que eu nunca terei na minha vida?

Eu só queria superar esse menino. Ou que todos meus sonhos fossem reais e ele correspondesse esse pseudo sentimento.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Retrospectiva 2018

Eu amei a ideia de fazer retrospectiva ano passado, então esse ano tem retrospectiva de novo. Inclusive, vou postar em pleno outubro, quase fazendo Retrospectiva 2019, mas foi quando eu tive tempo (e vontade) de escrever e editar tudo.

2018 foi muito corrido (coloca muito nisso), eu matava reunião pra ir em outra reunião, mas foi um ano muito incrível!

São Carlos virou, oficialmente, minha casa. Não fiquei longe por mais de 2 semanas e, quando eu tava longe, só pensava no quanto eu sentia falta da minha casa. Meu celular quebrou e eu não comprei outro até fevereiro, eu entrei na academia (e também sai da academia rs), CORTEI MEU CABELO (Acho que cortar meu cabelo foi um ponto bem importante, porque eu sempre fui muito apegada à ele, ter cortado meio que significou uma nova etapa na minha vida). A TATA CASOU (que acontecimento, meus caros)!

Eu também mudei de casa. Conheci a Dani, a Ana, a Bicó, a Taina e muitas outras pessoas incríveis. Nossa casinha não existe mais, mas foi um ponto muito importante na minha vidinha. Sinto saudades do nosso apezinho (só de pessoas conscientes e responsáveis).

Acho que eu teria surtado muito mais vezes esse ano se não fosse a Fer e a Nine. Obrigada, amigas. Vocês foram essenciais pra eu não ter dado uma de Carminha.

Passei MUITA raiva por causa de política, muita mesmo. Galera ainda não entendeu que não é porque eu tenho uma opinião diferente que eles têm direito de vir me xingar. Excluí (e continuo excluindo) várias pessoas pra manter a saúde mental. Inclusive, a política em si me fez passar raiva. Acho que se não tivesse sido isso, meu ano teria sido 10/10.

No primeiro semestre eu fiz parte do Projeto Pontinha. Foi uma coisa incrível na minha vida, porque ensinar crianças é uma coisa muito gratificante. Eu mal sabia do que eu tava falando, mas ver as crianças prestando atenção ao que eu dizia era incrível! A gente fez uma horta sem saber nada do assunto, sabe... Saudades, inclusive, da nossa equipe maravilhosa. Por motivos de tempo, não deu pra continuar, mas eu sinto muita falta.

Um acontecimento extremamente importante do meu ano foi eu ter entrado pra Bateria UFSCar (por influência da Sal). A bateria me deu um gás incrível pra viver, seja eu estando nos ensaios, nos rolês ou no ginásio tocando. Meu primeiro ginásio foi o TUSQUINHA e eu lembro de estar em êxtase por estar participando de algo que eu amo desde 2016 mas que só tinha tido coragem pra participar 2 anos depois. Com o passar do tempo, a bateria foi tomando um espaço gigante no meu coração. As pessoas que eu conheci eu vou levar pra minha vida. Entendi que a Bateria UFSCar é realmente uma família: a gente briga, mas a gente se ama. É como se diz: Sou bateria, com muito amor, até o fim, Bateria Federal! Ah, e a melhor parte: oficialmente, SOMOS A MELHOR DO BRASIL!

Por falar em melhor do Brasil, entrei pra Atlética UFSCar (novamente, por influência da Sal rsrs). Era uma coisa que eu nunca tinha pensado em fazer. Foram grandes aprendizados, muitas amizades feitas, conheci muitas coisas da UFSCar que eu nem fazia ideia que existia. Entrar pra Atlética me mostrou uma Federal diferente, um amor diferente por ela. Até hoje, quando me pergunto o que me levou a participar daquele processo seletivo, eu nunca sei a resposta certa. Só sei que eu amo cada parte da AAA. Cada pessoa que conheci através dela. Eu amo a FamíliAAA que ganhei.

No começo do ano, o grupo Rosa de Saron deu um gás incrível no meu ano. Teve chácara, teve “passeio ciclístico”, teve encontro no Jardim Botânico e na casa da Thaynara. Inclusive, sinto falta de reunir a galera hahahah em maio teve o 39º aniversário do Rosa de Saron e em julho teve o 37º Congresso da UMADAM. Foram dias incríveis.

Comecinho de junho teve o famoso encontro pra matar a saudade do Ensino Médio, com a Leka e a Gih. Não achei a casa da Leka, fiquei sem bateria no celular, mó rolê de carro, mas no fim tudo deu certo hahaha Não foi um encontro demorado, a gente só fez pipoca e brigadeiro, porque a vida adulta é horrível, corrida e quase não sobra tempo algumas vezes. Mas foi ótimo e só me fez ter a certeza que nossa amizade nasceu em 2013 mas a gente vai levar pra vida.

E TEVE COPA! E eu torci em todos os jogos com a camiseta da Bateria hahahaha Apostei no bolão, foi bem triste eu não ter ganhado, mas eu supero. Não tem televisão em casa, então foi cada jogo eu num lugar diferente hahaha Picaralho me acolheu em dois jogos, teve um que assisti no Trem Bão com a Bateria (o melhor foi o after na Vira-Lata) e o último foi na casa da Fer, pós Bananight, todo mundo prejudicado hahahah o Brasil não ganhou mas pelo menos eu me diverti bastante. E, novamente: O MUNDO É UM GRANDE TUSCA!

Por falar em TUSCA, ESSE ANO VEIO A 35ª TAÇA! Ir na TUSCA (nas tendas), é uma sensação ótima, inclusive comemorar que a federal ganhou (de novo). Mas a sensação de você estar no ginásio tocando, a sensação de acompanhar até aqueles jogos que não ganham pontuação, levar água pros atletas, comida pra quem tá fazendo representação, montar tenda, SER PARTE daquilo tudo, nossa, é algo mágico. Não é pra ser descrito, é pra ser vivido. A 35ª taça sempre será mais especial pra mim. Foi minha primeira TUSCA como Atlética E como Bateria UFSCar. Eu tava tocando no último jogo (o jogo que quase deixou CAASO em 3º lugar rsrs). Que experiência maravilhosa!

EU PASSEI NO PROCESSO SELETIVO DA RACCOON! O tanto que eu tô amando meu emprego, é indescritível. Uma sensação que nunca experimentei e espero sempre sentir isso em todos os empregos que eu tiver. Eu gosto demais daquela empresa. E o fato de ser um processo seletivo fudido pra entrar só me deixa muito mais orgulhosa das minhas conquistas. Tenho certeza que, mesmo se eu não for efetivada, tenho muitos aprendizados  na bagagem.

Deixei a Operação Natal por último porque o impacto que esse projeto causa na minha vida é enorme. No primeiro semestre teve o dia da camiseta, e foi uma alegria gigante ver um mar de verdinhos pela universidade antes do projeto realmente começar. Meu time nesse ano foi Ação Social, e eu tenho que agradecer demais a cada pessoa que conheci (melhor time #xupaeventos). Teve o melhor dia, vulgo o Pit Stop, que foi uma experiência única estar na organização e me dá arrepios só de lembrar como foi gigante aquele evento. Teve também o Dia D, que é o maior evento da Operação Natal. Foi tão bom e incrível fazer minha rota com a Ana e a Sal. Era a junção das duas coisas que eu mais amo na universidade: Operação Natal e Bateria. Toda edição eu conheço pessoas maravilhosas, e todo ano alguém me marca demais. Em 2018, foi a Anabel, o Fábio, o Pipi, o Dantas, a Maria Rita e o Marquinho. Eu e o Marco nos conhecemos quando eu dei carona pra ele pra visita da Nave Sal. E a gente não cansa de dizer que ainda bem que o destino nos juntou, porque a gente gosta muito da amizade um do outro. A Bel, o Pipi, o Dantas e o Fábio eu tive o primeiro contato graças ao Marco, no InterNatal. A Maria Rita foi em alguma visita ou festinha, eu nunca lembro hahaha O que mais me marcou foi o fato de todos eles serem do time de Eventos #XupaEventos hahahaha o que sempre vai me mostrar que eu sou meio estranha pra amizade. Eu também preservei grandes amizades da edição de 2017: a Sarah e a Thainá. A minha vida é infinitamente melhor graças às duas e eu realmente não quero pensar como será minha vida quando a Thainá formar no final de 2019.

Sou muito grata a tudo que vivi. Foi um ano bastante intenso mas com tantas coisas maravilhosas que eu só tenho a agradecer.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Isso é um pedido de socorro

fa.lha
substantivo feminino
falta de perfeição; defeito; erro
Tô vivendo uma fase da minha vida que tudo parece estar desmoronando. Tudo parece estar com defeito. Aparentemente, nada está 100% (ou até mesmo 90%) certo. A impressão que tenho é de ter falhado estar falhando academicamente, amorosamente, profissionalmente e, como se não bastasse tudo isso, até musicalmente (nem sei se essa palavra existe).
Minha vida amorosa sempre foi lastimável, então nem me surpreendo mais de estar cada hora pior. A acadêmica está em decadência desde que entrei na graduação e, embora a cada dia que passe ela piore um pouco, não é nada além do esperado. Mas a profissional eu realmente achei que ia. Achei que era boa no que fazia...
É como se eu soubesse sobre várias coisas mas não entendesse realmente sobre nada. Um conhecimento raso acerca de tudo. Tudo que eu penso que sei é defeituoso. Está certo, mas apenas até determinado ponto. Nunca a pior, tampouco jamais a melhor. Sempre a mediana. Coadjuvante até mesmo da própria história.
Caindo na real, eu tô falhando demais como ser humano. Meu pai, o único ser que eu sempre tentei agradar na terra, está constantemente decepcionado comigo. Minha mãe, que em tese me ama como sou, não pode olhar pra minha cara e já fala o quanto eu preciso emagrecer. Uma das minhas grandes colegas de trabalho olhou pra um spotted que eu recebi (eu amo receber spotted, me deixa muito feliz) e falou "Poxa, até você recebeu spotted e eu não", que me fez pensar que eu não mereço ser amada nem admirada.
Eu sigo decepcionando todo mundo que se aproxima de mim.
Sério, eu não sei até quando vou aguentar isso...